terça-feira, 19 de junho de 2012

Show: Falsos Conejos

O trio argentino Falsos Conejos já veio ao Brasil três vezes e eu pude ver um dos últimos shows de sua mais recente turnê por estas plagas no dia 31 de maio, no SESC Pinheiros, em São Paulo. O som da banda pode ser mais ou menos associada ao Post-Rock, por menos que eu goste desse rótulo (ou qualquer outro), já que, em suas músicas, ênfase é dada mais às dinâmicas e climas do que à repetição de temas e melodias. O som excessivamente alto para o minúsculo auditório do SESC Pinheiros incomodou, mas foi legal ver músicas de que gosto como "Villazón" executadas ao vivo pelo bem entrosado trio. Esta música e outras oito fazem parte de YYY, seu mais recente disco, disponibilizado pela banda para download gratuito.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Instrumental brasileiro: Bixiga 70

Outra banda bacana que disponibiliza seu disco para download na internet (não perca tempo: http://bixiga70.com/), o negócio do Bixiga 70 é swingue. Dez músicos, percussão à vontade, sopros espertos (ótimos arranjos), teclados vintage. Fui a um show dessa banda no Sesc Consolação em São Paulo, mas ao chegar descobri que já estava lotado. Tive que assisti-lo no telão que foi colocado na lanchonete, também lotada para ver os caras. Eles devem estar fazendo alguma coisa certa. Comprei o CD, que, ainda por cima, tem arte do MZK.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nihilo - Outro Prisma

Não é instrumental, mas tem minha participação. Toquei com esta banda até o mês passado. O single que lançamos conta com três músicas (é, na verdade, um "tringle") e se chama Outro Prisma. Toco baixo nas três faixas e guitarras não convencionais em duas. A guitarra reversa que toquei na faixa-título me deixou particularmente contente. A capa e o visual do site também foram feitos por mim. Para ouvir e baixar as músicas, bem como a arte da capa, dê um pulo no site da banda (http://www.nihilo.com.br/).

Instrumental brasileiro: Vendo 147

Eu vinha publicando postagens sobre outros tipos de música no meu blog de música caipira, mas sentia que algo não estava se encaixando. Assim, mantive apenas as postagens caipiras no outro Rodamoinho e passei aquelas que têm a ver com minha música não-caipira para cá. Tenho ouvido bastante música instrumental, felizmente sem qualquer direcionamento. Jazz? Post-Rock? Não importa, se cair bem aos meus ouvidos é bom e pronto. Aos poucos espero dividir e divulgar coisas legais que vou descobrindo, e a primeira delas é a banda baiana Vendo 147. Curioso é que a banda possui dois bateristas "siameses" (tocam de frente uma pro outro, dividindo o mesmo bumbo) e, de início, achei que isso não fazia grande diferença no som, até ver alguns vídeos da banda no MySpace. Mas o que mais gostei no trabalho dos caras é que eles combinam muito bem repetição e variedade nos arranjos, usam a técnica de forma musical e possuem ótimos timbres (a gravação é excelente). Baixei o disco deles, Godofredo, e, se você tiver algum bom senso, deve baixar também, gratuitamente através do próprio site da banda (http://www.vendo147.com). "Macaco Azteca" e "Mar Revolto" são minhas favoritas neste disco só de músicas boas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Frankenstein had to cry today


Muitas das minhas bandas favoritas de rock são power trios (guitarra + baixo + bateria) e, se é bom ouvir música feita por bandas com esta formação, tocar em um trio é uma das coisas mais bacanas que existe pra se fazer em música.
Toquei baixo em um trio com dois amigos bacanas até o final de 2008. Fazíamos versões instrumentais de músicas que gostávamos de ouvir e improvisos sobre qualquer ideia musical que alguém trouxesse. Às vezes dava muito certo, às vezes não, mas o clima e o entrosamento eram muito legais, seguramente o melhor momento da semana para cada um. Com a mudança do baterista para outro estado (que era pra ser temporária, mas ele não voltou até hoje), paramos de tocar e eu fiquei com muitas gravações de jams e também de uma seção de gravação que ficou esperando uma mixagem decente até agora. Peguei as últimas duas semanas para acertar as quatro músicas desta gravação e, já que eu estava no embalo, resolvi fazer essa coisa antiquada que é a capa de CD para dar cara ao pacote.
Uma das músicas que costumávamos tocar era Frankenstein, do vetusto grupo do tecladista Edgar Winter, uma coleção de riffs e solos muito legais que chegou a ficar em 1º lugar nas paradas (ouvir algo como aquilo no rádio seria impossível pelos padrões de hoje). Outra bacana era Had to cry today, da banda Blind Faith (outra idosinha), que também tem um riff sensacional. Um dia, alguém deu a idéia de juntar as melhores partes das duas (que possuem tonalidades e climas compatíveis) numa música só. O título engraçado me deu a ideia da ilustração que fiz para a capa do CD, que está aí em cima. Fiz também uma ilustração para a contracapa, ambas utilizando apenas duas cores:

Eu cresci muito como músico no período em que toquei com esse pessoal e estou particularmente orgulhoso dos arranjos que fiz para o baixo das músicas. Quem quiser pode ouvi-las baixando o pacote todo, inclusive com a capa do CD, clicando aqui.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Clube Osíris - Virando a Página



Toquei nessa banda por quase um ano e chegamos a gravar seis músicas. Eu as estava mixando quando o barco afundou de vez e cada um foi pro seu lado, deixando as faixas dormindo em meu HD por alguns meses. Eu não ia voltar a tocar esse repertório, mas um trabalho não terminado sempre me incomoda, então no início deste mês resolvi finalizar a mixagem. Longe de achar que perdi meu tempo fazendo algo que não vai ser usado pra nada, eu na verdade aprendi bastante a respeito de produção musical, timbragem, mixagem e arranjo ao fazer estas músicas.
Confira: http://www.myspace.com/clubeosirisrip

Neste outro link dá pra baixar todas as músicas de uma vez, além de uma versão alternativa de O Permeável e uma capa bacana.
Logo eu coloco aqui um link pra minha produção mais recente.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Detritos Cósmicos

No dia 19 fui a um show da Central Scrutinizer Band, banda que cobre o repertório de Frank Zappa. Tenho em geral uma certa repulsa a tudo que é banda cover, mas a Central é exceção: é a única oportunidade de ouvir ao vivo a música do velho Frank no Brasil e os arranjos são ótimos. Abriram com Peaches en Regalia e tocaram várias das minhas favoritas.
De uns tempos pra cá, meu interesse pela música de FZ tem aumentado cada vez mais. Além disso, tenho procurado saber mais sobre os conceitos do cara ao fazer música através de livros e material na net. Li sua autobiografia (que tem momentos hilariantes e outros bem chatos) e agora acabei de ler Detritos Cósmicos, coletânea de matérias e entrevistas de Fábio Massari sobre o bigodudo de Baltimore. O livro tem boas passagens, mas é um livro-tributo, em boa parte centrado em depoimentos de músicos e artistas brasileiros sobre os efeitos da música de Frank Zappa em suas vidas. Nestes, há alguns poucos momentos interessantes, mas tem muita coisa ruim de ler ali, beirando o constrangedor. Informações sobre o que ia pela cabeça do Zappa, mesmo, pode ser encontrada em sua autobiografia (The Real Frank Zappa). Agora estou pensando em ler uma biografia escrita por alguém mais isento (existem algumas por aí), pra saber de fatos que o Zappa não diria sobre si mesmo.
Estarei me tornando um zappamaníaco? Acho que não. Apesar do interesse, tem muita coisa na música dele que eu não gosto. Mas, são tantos os discos e tão diferentes e com tantas idéias musicais bacanas que atualmente é impossível não querer um pouco mais.